Embaixador na ONU realça papel da Bienal de Luanda
O Embaixador e Representante Permanente de Angola junto das Nações Unidas (ONU), Francisco José da Cruz, realçou a importãncia do Fórum Pan-Africano para a Cultura de Paz e Não Violência – Bienal de Luanda, no âmbito estratégia diplomática de Angola para a prevenção, gestão e resolução de conflitos, e do compromisso com a Declaração e Programa de Acção sobre uma Cultura de Paz.
“Angola tem vindo a acolher o Fórum Pan-Africano para a Cultura de Paz em África - Bienal de Luanda, desde 2019”, sublinhou o diplomata quando falava na celebração do 25º aniversário da Adopção da Declaração e do Programa de Acção sobre a Cultura de Paz, sob o lema “Cultivar e nutrir a cultura de paz para as gerações presentes e futuras”.
Explicou que a Bienal de Luanda “é uma iniciativa conjunta do Governo de Angola, da UNESCO e da União Africana (UA) que visa fazer crescer e nutrir um Movimento Pan-Africano para uma Cultura de Paz e Não Violência, através do estabelecimento de uma parceria multilateral entre governos, a sociedade civil, a comunidade artística e científica, o sector privado e as organizações internacionais”.
Disse que a Bienal de Luanda tem como objectivo estratégico promover uma África pacífica e próspera através da defesa e incentivo de acções para prevenir conflitos através da gestão dos recursos naturais nacionais e transfronteiriços no continente africano, educar uma geração de jovens africanos como agentes de paz, estabilidade e desenvolvimento e beneficiar do poder da criatividade e do património cultural para construir uma paz sustentável no continente africano.
As acções visam, igualmente, evitar a violência e defender a resolução de conflitos através da cultura e educação, prevenir conflitos decorrentes dos recursos naturais, não deixar ninguém para trás, nomeadamente refugiados, repatriados e pessoas deslocadas, rumo a soluções sustentáveis para a deslocação forçada em África.
Reflectir sobre a presença africana no mundo e incentivar os meios de comunicação social livres, independentes e pluralistas para promover a paz e o desenvolvimento em África, constam entre os resultados esperados.
Por outro lado, o Representante Permanente de Angola junto das Nações Unidas informou que a próxima Bienal de Luanda está agendada para Outubro de 2025, subordinada ao tema “Promover a Educação, a Inovação e o Desenvolvimento Sustentável e Inclusivo para a África que Queremos”.
O Embaixador Francisco José da Cruz aproveitou a ocasião para convidar os presentes a fazerem parte deste movimento de prevenção da violência e dos conflitos, com vista à construção de uma paz duradoura em África.
A Assembleia Geral das Nações Unidas adoptou a Declaração e o Programa de Acção sobre uma Cultura de Paz através da Resolução A/RES/53/243, a 13 de setembro de 1999.
A 3.ª edição da Bienal de Luanda, realizada de 22 a 24 de Novembro de 2023, decorreu sob o lema “Educação, Cultura de Paz e Cidadania Africana como Ferramentas para o Desenvolvimento do Continente”.
Pelo menos 790 pessoas participaram do fórum, com destaque para o Presidente da República de Angola, Etiópia, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, da Comissão da União Africana e do Director Geral Adjunto da UNESCO.
O evento contou com seis painéis de discussão, além de actividades paralelas, nomeadamente a primeira Conferência Nacional Ecuménica sobre o Resgate de Valores Morais, cívicos e Religiosos Diálogo Interjecional, sobre o Clima; Exposição de obras de arte e visita a museus e monumentos históricos.